O Dia da mulher, assim como o dia dos pais, das mães, dos
namorados, natal e etc., nada mais é que uma data para aumentar o lucro do
comércio, indústria e empresas. Será? Claro que em partes é bem verdade, mas
assim como as datas para reafirmar nosso amor por alguém, pai, mãe ou namorado,
mesmo amando essa pessoa os outros 364 dias do ano são importantes, porque tem
muito significado envolvido, precisamos comemorar a importância da mulher na
sociedade no dia 08 de março.
Pais muitas vezes são negligenciados, se é que posso usar
este termo, durante o ano. Os filhos preocupam-se mais com os colegas, o
namoro, curtição ou quem sabe a carreira profissional. Uma data que os lembre
da sua importância, muitas vezes faz com que pequenas atitudes tenham um efeito
positivo no seu relacionamento, fazendo com que valorizem mais os pais e lhe
deem mais atenção. Em alguns casos, infelizmente não passa apenas de mais um
dia que eles precisam comprar um presente ou dar um abraço, e fica nisso. Isso
quando não é pior, quando nenhum dia do ano os pais são lembrados por tudo que
fizeram por seus filhos.
No namoro ou casamento acontece algo parecido. Muitas vezes
o parceiro ama o outro, porém demonstra através de suas atitudes durante o ano,
não costuma verbalizar seu amor e muito menos dar um mimo para o outro por
isso. O dia dos namorados faz com que o romantismo consiga um pouco de ar, gás,
energia, e faz com que ambos sigam mais fácil em frente.
No dia da mulher podemos fazer a mesma analogia. É uma data
que precisa ser lembrada por inúmeros motivos que talvez não nos demos conta
durante o ano, talvez sim. Mas falando, comentando, trazendo evidencia as
conquistas femininas, talvez homens e mulheres percebam que ainda há muito pelo
que lutar. Talvez passem a respeitar mais a mulher que convive ao seu lado,
seja em casa ou no trabalho. Talvez alguns se deem conta do que não estão
fazendo por ela, e consequentemente por eles mesmos.
Mas que motivos temos pra comemorar? Comemorando o que foi
feito, vislumbramos o que ainda temos que conquistar.
Pontos e contrapontos
1-
Direito ao voto, e nos candidatarmos a um cargo
político. Isso foi conquistado em 1932.
Contraponto: Não usufruímos como devemos de
nossa cidadania. Muitas mulheres ainda não sabem do seu poder e como podem
ajudar na política do país e do mundo. Poucas mulheres detém cargos políticos.
Precisamos assumir mais nossa responsabilidade, para lutarmos não apenas pelos
nossos direitos, mas o de todos.
2-
Trabalho. 129 mulheres precisaram morrer
queimadas em1857 para que tivéssemos redução de salário e melhores salários.
Contraponto: Ainda ganhamos menos que os
homens, mesmo desempenhando a mesma função, muitas vezes melhor que eles. Ainda
somos discriminadas e desrespeitadas em muitas áreas, inclusive por outras
mulheres.
3-
Liberdade sexual. Depois da queima de sutiãs em
praça pública, a pílula e o preservativo, as mulheres passaram a ter mais
liberdade. Hoje as mulheres se preocupam com o próprio prazer, e não apenas em
satisfazer seus parceiros.
Contraponto: Apesar de todo avanço, ainda
vivemos numa sociedade machista. Homens querem uma vadia na cama e uma dama na
sociedade, mas tem preconceito em casar ou namorar com a menina que namorou
outros. Mulheres ainda são vistas como objeto de prazer, e o pior é que não só
homens, mas muitas mulheres banalizam o sexo e o próprio corpo. Há um certo
retrocesso em meio a tanta liberdade. Falta de respeito com elas próprias.
4-
Lei Maria da Penha e delegacia da mulher. Hoje
temos leis e delegacias especializadas em defender os direitos e a integridade
da mulher.
Contraponto: As estatísticas mostram que a
violência contra a mulher, seja doméstica ou não, que não é só física, mas
sexual, e psicológica, não está diminuindo. Mulheres de todas as classes
sociais sofrem com a violência. Precisamos entender que autoestima trabalhada
significa muito mais que se gostar, mas se respeitar e exigir respeito de quem
a cerca. Aceitar a violência doméstica ainda é um dos grandes problemas que
muitas mulheres precisam resolver.
5-
Não somos o sexo frágil. Já está mais do que
provado que uma mulher que passa por TPM, gestação, a dor do parto, cuidar da
casa, dos filhos, do marido, trabalhar fora, muitas vezes no salto, aguentar o
machismo, é coisa de sexo forte e não frágil.
Contraponto: Não é porque podemos dar conta
de inúmeras coisas e termos que lutar constantemente por nosso espaço, que
temos que ser super mulheres, muito menos nos comportarmos como um homem. Somos
doces, delicadas e fortes. Radicalismos não são saudáveis em nenhum lugar,
inclusive entre as mulheres.
Parabéns para todas as mulheres,
independentemente do tipo de mulher que você for, porque a força está em nós!
Beijo bom!
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