quinta-feira, 5 de março de 2015

Motivos para comemorar o Dia da Mulher




O Dia da mulher, assim como o dia dos pais, das mães, dos namorados, natal e etc., nada mais é que uma data para aumentar o lucro do comércio, indústria e empresas. Será? Claro que em partes é bem verdade, mas assim como as datas para reafirmar nosso amor por alguém, pai, mãe ou namorado, mesmo amando essa pessoa os outros 364 dias do ano são importantes, porque tem muito significado envolvido, precisamos comemorar a importância da mulher na sociedade no dia 08 de março.

Pais muitas vezes são negligenciados, se é que posso usar este termo, durante o ano. Os filhos preocupam-se mais com os colegas, o namoro, curtição ou quem sabe a carreira profissional. Uma data que os lembre da sua importância, muitas vezes faz com que pequenas atitudes tenham um efeito positivo no seu relacionamento, fazendo com que valorizem mais os pais e lhe deem mais atenção. Em alguns casos, infelizmente não passa apenas de mais um dia que eles precisam comprar um presente ou dar um abraço, e fica nisso. Isso quando não é pior, quando nenhum dia do ano os pais são lembrados por tudo que fizeram por seus filhos.

No namoro ou casamento acontece algo parecido. Muitas vezes o parceiro ama o outro, porém demonstra através de suas atitudes durante o ano, não costuma verbalizar seu amor e muito menos dar um mimo para o outro por isso. O dia dos namorados faz com que o romantismo consiga um pouco de ar, gás, energia, e faz com que ambos sigam mais fácil em frente.

No dia da mulher podemos fazer a mesma analogia. É uma data que precisa ser lembrada por inúmeros motivos que talvez não nos demos conta durante o ano, talvez sim. Mas falando, comentando, trazendo evidencia as conquistas femininas, talvez homens e mulheres percebam que ainda há muito pelo que lutar. Talvez passem a respeitar mais a mulher que convive ao seu lado, seja em casa ou no trabalho. Talvez alguns se deem conta do que não estão fazendo por ela, e consequentemente por eles mesmos.

Mas que motivos temos pra comemorar? Comemorando o que foi feito, vislumbramos o que ainda temos que conquistar.

Pontos e contrapontos

1-      Direito ao voto, e nos candidatarmos a um cargo político. Isso foi conquistado em 1932.
Contraponto: Não usufruímos como devemos de nossa cidadania. Muitas mulheres ainda não sabem do seu poder e como podem ajudar na política do país e do mundo. Poucas mulheres detém cargos políticos. Precisamos assumir mais nossa responsabilidade, para lutarmos não apenas pelos nossos direitos, mas o de todos.

2-      Trabalho. 129 mulheres precisaram morrer queimadas em1857 para que tivéssemos redução de salário e melhores salários.
Contraponto: Ainda ganhamos menos que os homens, mesmo desempenhando a mesma função, muitas vezes melhor que eles. Ainda somos discriminadas e desrespeitadas em muitas áreas, inclusive por outras mulheres.

3-      Liberdade sexual. Depois da queima de sutiãs em praça pública, a pílula e o preservativo, as mulheres passaram a ter mais liberdade. Hoje as mulheres se preocupam com o próprio prazer, e não apenas em satisfazer seus parceiros.
Contraponto: Apesar de todo avanço, ainda vivemos numa sociedade machista. Homens querem uma vadia na cama e uma dama na sociedade, mas tem preconceito em casar ou namorar com a menina que namorou outros. Mulheres ainda são vistas como objeto de prazer, e o pior é que não só homens, mas muitas mulheres banalizam o sexo e o próprio corpo. Há um certo retrocesso em meio a tanta liberdade. Falta de respeito com elas próprias.

4-      Lei Maria da Penha e delegacia da mulher. Hoje temos leis e delegacias especializadas em defender os direitos e a integridade da mulher.
Contraponto: As estatísticas mostram que a violência contra a mulher, seja doméstica ou não, que não é só física, mas sexual, e psicológica, não está diminuindo. Mulheres de todas as classes sociais sofrem com a violência. Precisamos entender que autoestima trabalhada significa muito mais que se gostar, mas se respeitar e exigir respeito de quem a cerca. Aceitar a violência doméstica ainda é um dos grandes problemas que muitas mulheres precisam resolver.

5-      Não somos o sexo frágil. Já está mais do que provado que uma mulher que passa por TPM, gestação, a dor do parto, cuidar da casa, dos filhos, do marido, trabalhar fora, muitas vezes no salto, aguentar o machismo, é coisa de sexo forte e não frágil.
Contraponto: Não é porque podemos dar conta de inúmeras coisas e termos que lutar constantemente por nosso espaço, que temos que ser super mulheres, muito menos nos comportarmos como um homem. Somos doces, delicadas e fortes. Radicalismos não são saudáveis em nenhum lugar, inclusive entre as mulheres.

Parabéns para todas as mulheres, independentemente do tipo de mulher que você for, porque a força está em nós!


Beijo bom!

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