quinta-feira, 26 de março de 2015

Espelho, espelho meu...



Quem nunca se pegou olhando no espelho achando que ficaria bem melhor se estivesse mais magra? Quem nunca se olhou e imaginou um cabelo de outra cor ou corte? Quem nunca fez caras e bocas na frente do espelho, imaginando como seria com os olhos mais puxados ou maiores? Quem nunca se olhou no espelho e abriu um grande sorriso, imaginando como ele seria sem as marcas de expressão, o famoso pé de galinha? Quem nunca viu os seios maiores ou mais empinados? Quem nunca imaginou um cabelão da Gisele Bündchen? Realmente, quem nunca?

Somos eternamente insatisfeitas com nossa aparência. Sempre queremos melhorar, mudar. Isso é muito positivo, até porque mostra que não somos acomodadas e muito menos desleixadas com nossa aparência. Não é à toa que a crise dificilmente mexe com o mercado de estética e cosméticos, na verdade ele só cresce. Dia após dia chegam novidades que prometem milagres estéticos – muitos deles realmente possíveis – mas a que preço? Será que realmente é saudável termos essa dependência tão grande da estética? Até que ponto a estética comanda nossa vida?

Não precisamos ir muito longe, afinal o mundo vive de aparências! Sim, a beleza parece ser mais importante que todo o resto. Hoje, ser bonito é indispensável! Mas qual o conceito de beleza? Segundo o dicionário, Beleza é uma característica de uma pessoa, animal, lugar, objeto ou ideia que oferece uma experiência perceptual de prazer ou satisfação. A qualidade do que é belo.

A experiência de "beleza" muitas vezes envolve uma interpretação de alguma entidade como estando em equilíbrio e harmonia com a natureza, o que pode levar a sentimentos de atração e bem-estar emocional.

Economistas da Universidade de Texas-Austin analisaram dados de cinco grandes levantamentos realizados entre 1971 e 2009 nos EUA, Canadá, Alemanha e Grã-Bretanha e descobriram que as pessoas consideradas bonitas são geralmente mais felizes e economicamente mais bem-sucedidas.

Porém, o conceito de beleza é variável de acordo com a cultura e opinião pessoal. O que é belo para uma pessoa, pode não ser para outra. A beleza está nos olhos de quem vê.

Então, o que você vê quando se olha no espelho?
Consegue ver uma pessoa bela no reflexo? Não, como dizem as pesquisas, belos e bonitos são ricos e bem sucedidos, e eu não sou assim. Talvez tenha sido essa a sua resposta a minha pergunta.
Lembra do que acabou de ler? A beleza está nos olhos de quem vê... Se você não consegue ver sua beleza no reflexo do espelho, dificilmente procedimentos estéticos conseguirão fazer você se sentir melhor.

Certa vez, uma aluna me disse que deveria ter me conhecido 6 cirurgias plásticas atrás. Na verdade ela não tinha problemas com estética, mas sim de autoestima. Lembre-se que a moda muda, e o conceito de beleza também. O que é bonito hoje, pode não ser mais amanhã. Mas uma coisa é incontestável, pessoas bem sucedidas que são “bonitas”, são acima de tudo pessoas autoconfiantes. Gisele Bündchen é um grande exemplo de beleza e autoconfiança. 

Considerada uma das mulheres mais lindas, e com certeza uma das mais bem pagas por isso, ela talvez pudesse achar seu nariz grande demais, ou que é alta e magra demais. Talvez que seus seios sejam muito pequenos, e a moda agora é ter seios siliconados. Outras pessoas podem achar o mesmo, mas isso não é o que ela pensa. Sempre foi autoconfiante e poderosa. Sempre disse que ela não desfila, ela cavalga na passarela! Ela arrasa por onde passa. Mas vai me dizer que nunca viu modelos mais lindas e exuberantes que ela? Com certeza já viu, mas elas não tem a química da nossa gaúcha – beleza e autoestima no lugar – elas geralmente possuem a beleza, mas talvez vivam inseguras com sua aparência, mesmo sendo lindas.

Moral da história

Não adianta ter um corpo e um rosto esculpido por procedimentos, dietas, makes e o quer que seja, se você não for autoconfiante. Você será uma eterna escrava da estética e inimiga mortal da sua autoestima.

Veja muito além do que o espelho pode mostrar, sua beleza interior. Parece clichê barato? Beleza, sem conteúdo, não te leva muito longe. Temos exemplos de sobra nesse nosso vasto Brasil. Dá um google.


Beijo bom pra você que é bela, que se vê bela!

quinta-feira, 12 de março de 2015

Minha primeira vez...




Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece. Verdade, pra mim foi muito excitante, tudo exatamente do jeito que eu imaginei.

Logo ao chegar, fiquei encantada com aquela luz indireta, os únicos tons que predominavam eram os quentes. Em meio a um ambiente muito sensual e erótico, logo me deparei com papéis de parede sugestivos em formato de falo ou seios. Adorei a cortina de algemas, a banheira cheia de vibradores em formato de falo que servia como uma mesa.  Nas TVs, os vídeos mostravam corpos sensuais de homens e mulheres que se insinuavam e hipnotizavam atrás de máscaras, em outras telas, filmes pornôs do gosto feminino, o que é difícil de encontrar.

Você acha que estou falando de que lugar? Provavelmente não é o que você está pensando... Estou falando de um bar com temática erótica, o primeiro do Brasil. Talvez muitos já tenham visitado, mas minha primeira vez foi apenas dias atrás. Como não costumo sair muito, por isso demorei pra conhecer o Valentina Bar 18+, que acabou acontecendo num happy hour de negócios marcado lá.

Adorei o ambiente, a bebida, a comida, e tudo que gira em torno daquele bar. A ideia é sensacional, afinal não banaliza o sexo, apenas trata o tema de forma natural e sem preconceito. O público, na maioria mulheres, interage naturalmente, enquanto o tema sexo está em todos os detalhes do bar.

Longe do que parece, não é um lugar de pegação, apesar que dá pra paquerar sim! Mas vi muitos casais, grupos de mulheres, homens e mulheres numa boa, jantando, bebendo, e conversando como em qualquer bar, mas ao invés de rolar futebol ou lutas nas telas, rola sexo. Definitivamente, não é um lugar pra esquema, e muito menos pra fazer alguma coisa ali.

Ninguém se sente exposto nem intimidado ali, é apenas um tema. Na verdade, o que senti, é que ele nos instiga a ficar à vontade. Até porque ainda vivemos numa sociedade machista e preconceituosa, onde sexo é visto como algo vulgar e que não deve sair de dentro do quarto, como se sexo fosse algo proibido, sujo e feio. Ninguém tem necessidade de expor sua intimidade, mas sexo deve ser visto com mais naturalidade, afinal muitas mulheres ainda amargam dificuldades na vida sexual por causa da educação repressora que tiveram. Achei o lugar libertador!

No piso superior tem uma mini sex shop, mas o que achei mais interessante ali foi uma salinha escura que podemos tirar fotos da nossa roupa íntima, tanto homens quanto mulheres. É anônimo e seguro, e rola no dia seguinte nos banheiros do bar. Quem nunca? Óbvio que aproveitei o anonimato e o clima, e tirei algumas várias! Foi muito divertido.

Além disso tudo, em algumas noites tem show de strip-tease burlesco. Não tive a sorte de ver na noite que fui, mas tinha uma promoção de cerveja! As mulheres que compravam um balde de cerveja tinham o privilégio de irem para uma sala onde um homem dançava com ela algemada. Passei minha vez para uma amiga, perdi a dança, mas não perdi detalhe algum do bar!

O lugar é tão badalado que tem que fazer reserva. Vale a pena conferir, e sem medo! O Valentina só tem um efeito colateral: te faz falar e lidar melhor com a sua sexualidade. Achei parecido com o meu trabalho! Esse efeito é tudo que precisamos para uma vida sexual mais saudável. Afinal, sexo faz parte do nosso dia a dia, e deveria ser tratado mais naturalmente e não como um bicho de sete cabeças. Que esse seja o primeiro de muitos!


Beijo bom!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Motivos para comemorar o Dia da Mulher




O Dia da mulher, assim como o dia dos pais, das mães, dos namorados, natal e etc., nada mais é que uma data para aumentar o lucro do comércio, indústria e empresas. Será? Claro que em partes é bem verdade, mas assim como as datas para reafirmar nosso amor por alguém, pai, mãe ou namorado, mesmo amando essa pessoa os outros 364 dias do ano são importantes, porque tem muito significado envolvido, precisamos comemorar a importância da mulher na sociedade no dia 08 de março.

Pais muitas vezes são negligenciados, se é que posso usar este termo, durante o ano. Os filhos preocupam-se mais com os colegas, o namoro, curtição ou quem sabe a carreira profissional. Uma data que os lembre da sua importância, muitas vezes faz com que pequenas atitudes tenham um efeito positivo no seu relacionamento, fazendo com que valorizem mais os pais e lhe deem mais atenção. Em alguns casos, infelizmente não passa apenas de mais um dia que eles precisam comprar um presente ou dar um abraço, e fica nisso. Isso quando não é pior, quando nenhum dia do ano os pais são lembrados por tudo que fizeram por seus filhos.

No namoro ou casamento acontece algo parecido. Muitas vezes o parceiro ama o outro, porém demonstra através de suas atitudes durante o ano, não costuma verbalizar seu amor e muito menos dar um mimo para o outro por isso. O dia dos namorados faz com que o romantismo consiga um pouco de ar, gás, energia, e faz com que ambos sigam mais fácil em frente.

No dia da mulher podemos fazer a mesma analogia. É uma data que precisa ser lembrada por inúmeros motivos que talvez não nos demos conta durante o ano, talvez sim. Mas falando, comentando, trazendo evidencia as conquistas femininas, talvez homens e mulheres percebam que ainda há muito pelo que lutar. Talvez passem a respeitar mais a mulher que convive ao seu lado, seja em casa ou no trabalho. Talvez alguns se deem conta do que não estão fazendo por ela, e consequentemente por eles mesmos.

Mas que motivos temos pra comemorar? Comemorando o que foi feito, vislumbramos o que ainda temos que conquistar.

Pontos e contrapontos

1-      Direito ao voto, e nos candidatarmos a um cargo político. Isso foi conquistado em 1932.
Contraponto: Não usufruímos como devemos de nossa cidadania. Muitas mulheres ainda não sabem do seu poder e como podem ajudar na política do país e do mundo. Poucas mulheres detém cargos políticos. Precisamos assumir mais nossa responsabilidade, para lutarmos não apenas pelos nossos direitos, mas o de todos.

2-      Trabalho. 129 mulheres precisaram morrer queimadas em1857 para que tivéssemos redução de salário e melhores salários.
Contraponto: Ainda ganhamos menos que os homens, mesmo desempenhando a mesma função, muitas vezes melhor que eles. Ainda somos discriminadas e desrespeitadas em muitas áreas, inclusive por outras mulheres.

3-      Liberdade sexual. Depois da queima de sutiãs em praça pública, a pílula e o preservativo, as mulheres passaram a ter mais liberdade. Hoje as mulheres se preocupam com o próprio prazer, e não apenas em satisfazer seus parceiros.
Contraponto: Apesar de todo avanço, ainda vivemos numa sociedade machista. Homens querem uma vadia na cama e uma dama na sociedade, mas tem preconceito em casar ou namorar com a menina que namorou outros. Mulheres ainda são vistas como objeto de prazer, e o pior é que não só homens, mas muitas mulheres banalizam o sexo e o próprio corpo. Há um certo retrocesso em meio a tanta liberdade. Falta de respeito com elas próprias.

4-      Lei Maria da Penha e delegacia da mulher. Hoje temos leis e delegacias especializadas em defender os direitos e a integridade da mulher.
Contraponto: As estatísticas mostram que a violência contra a mulher, seja doméstica ou não, que não é só física, mas sexual, e psicológica, não está diminuindo. Mulheres de todas as classes sociais sofrem com a violência. Precisamos entender que autoestima trabalhada significa muito mais que se gostar, mas se respeitar e exigir respeito de quem a cerca. Aceitar a violência doméstica ainda é um dos grandes problemas que muitas mulheres precisam resolver.

5-      Não somos o sexo frágil. Já está mais do que provado que uma mulher que passa por TPM, gestação, a dor do parto, cuidar da casa, dos filhos, do marido, trabalhar fora, muitas vezes no salto, aguentar o machismo, é coisa de sexo forte e não frágil.
Contraponto: Não é porque podemos dar conta de inúmeras coisas e termos que lutar constantemente por nosso espaço, que temos que ser super mulheres, muito menos nos comportarmos como um homem. Somos doces, delicadas e fortes. Radicalismos não são saudáveis em nenhum lugar, inclusive entre as mulheres.

Parabéns para todas as mulheres, independentemente do tipo de mulher que você for, porque a força está em nós!


Beijo bom!