terça-feira, 26 de agosto de 2014

Em que mundo você vive?





Por mais que eu goste do facebook, porque seria muito falsa se dissesse que não, não tenho como não notar os efeitos nocivos que ele causa pra muitas pessoas, e a mim mesma muitas vezes. Nos deixando levar por “curtidas” ou fotos. Até porque geralmente postamos apenas os melhores momentos. Talvez você diga que posta seus “piores momentos” também, mas esses isso é muito relativo. Postar o luto pela morte de um ente querido, um acidente de carro, um animal indefeso sendo maltratado, ou o que quer que seja, também rendem curtidas e visualizações!

Inevitavelmente, postar o que está sentindo (inclusive o facebook te faz essa pergunta incessantemente para que exponha seus sentimentos publicamente), faz parte da rede social. O problema está em não diferenciarmos o real do imaginário, supervalorizando uma postagem ou foto. Imaginário por acabar vivendo um mundo de fantasias no facebook. 
Alguns fazendo literalmente de tudo para chamar a atenção nas redes sociais, vivendo da aparência de uma foto ou de um texto, e outros acreditando em tudo que veem lá.

Conforme comentei esses dias no meu perfil do facebook, ninguém posta o extrato bancário negativo, as contas atrasadas, as brigas familiares, o cabelo sujo, a celulite e as estrias, o mofo nas paredes. Mesmo que alguns brinquem com isso lançando até desafios, a maioria tenta mostrar o melhor ângulo lá. Afinal, propaganda é a alma do negócio! Mas até que ponto compramos esse produto oferecido nas redes sociais?

Casais parecem perfeitos. Fotos de presentes caros, flores e lugares bacanas onde passaram o final de semana. Óbvio que devem mostrar isso! Acha mesmo que eles irão postar seus momentos de crise, as discussões por causa das contas no fim do mês, o lixo acumulado do final de semana na porta, a fralda com cocô, ou o glamour de comer um feijão com arroz requentado do almoço?

Solteiros parecem felizes ao extremo com seus copos na balada do final de semana ou na trip descolada com os amigos. Mas nem sempre é assim. A semana pode ser muito enfadonha vivendo na casa dos pais, ou ralando num emprego meia boca. Ninguém posta o trajeto de ônibus que faz todos os dias e nem batendo o ponto na empresa como algo glamoroso, até porque não é! Mas ele existe.

Até ai tudo bem. É legal mostrar as coisas boas da vida. Isso nos faz bem e nos estimula. Mas o exagero é prejudicial em qualquer situação. Ninguém é feliz o tempo todo, casais tem momentos de crise e devem saber lidar com isso. Solteiros tem suas dificuldades e a vida não é só uma aventura como as fotos mostram.

Alguns estão deixando de viver a realidade para viverem uma ficção. Não aproveitam mais uma balada, um passeio, ou alguém como deveriam, porque não veem a hora de chegar em casa e postar as fotos! Se preocupam mais com a aceitação das pessoas do que com o que estão vivendo. Na verdade, sua alegria está no que os outros irão achar.

Curtidas passaram a ser alimento, como o maná que cai do céu! Sua existência depende da sua popularidade numa rede social. Lembre-se que assim como você tenta passar o seu melhor, mesmo sem ser assim na maior parte do tempo, os outros também! Então, nem tudo é o que parece. Você se ilude, e ilude os outros.

Chamam o facebook de muro das lamentações, mas eu acho que está mais para tábua de salvação para alguns! É muita autoafirmação para pouco conteúdo. Você não precisa provar nada pra ninguém, a não ser pra você mesmo. E pra isso não é necessário postar e muito menos acreditar em tudo que lá reluz, mas não é ouro!

Cada vez mais relacionamentos se desmancham por causa das redes sociais. A fantasia de que a grama do vizinho é mais verde que a sua, no caso, o álbum de fotos do perfil vizinho, faz com que muitos achem sua vida enfadonha, sem graça e chata. Os outros parecem tão mais felizes! Porém, se esquecem que eles fazem o mesmo que você. Só mostram o lado bom, apesar de terem o lado ruim!

É realmente desastroso para qualquer pessoa se expor sem necessidade, querendo popularidade ou aceitação, achando que compartilhar sua falsa felicidade a torna verdadeira.

Infelizmente, muitos que assistiram “Na natureza selvagem”, estão confundindo a frase mais impactante dita por Christopher McCandless: “A felicidade só é verdadeira quando compartilhada”. Ele se referia a não vivermos isolados e dividirmos nossa existência com quem amamos, e não a compartilharmos no facebook com quem nem conhecemos!


Ninguém vive de curtidas, apesar de muitos viverem de aparências! 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Ser Feliz!



O que falta para você ser feliz? Talvez para algumas mulheres seja ter mais dinheiro para poder pagar suas contas, comprar o que deseja ou quem sabe viajar. Ter o emprego dos sonhos para que seja valorizada. Outras podem dizer que falta um grande amor, alguém que a complete e divida suas alegrias e preocupações. Pode ser que para algumas seja mudar alguma coisa na aparência como aumentar os seios, diminuir o quadril ou dar mais volume aos cabelos. Sim, parece que tantas coisas impedem nossa felicidade que é muito difícil alcançá-la.
Mas se mudasse um pouco o foco e conseqüentemente conseguisse ser mais feliz sem mudanças tão radicais? Vale tentar! Então vamos ver o que talvez seja mais interessante mudarmos para sermos mais felizes.

Os 10 mandamentos da mulher feliz


Respeite-se. Gostaria de ser tratada como uma diva pelos outros? Comece por você. Trate-se como tal, você merece! Isso inclui cuidar não somente da sua estética, mas principalmente da sua saúde física e mental, visitando regularmente seu ginecologista e não aceitando violência física ou verbal de ninguém.

Ame tudo e todos. Não tenha medo de amar e ser amada. Compartilhe seus sentimentos. Faça algo para ajudar alguém na sua casa, no seu trabalho, na sua rua. A solidariedade só nos faz um bem. Expresse seu amor através de palavras, abraços e beijos nas pessoas que cercam você, pratique! Nunca sabemos o dia de amanhã.

Diga NÃO!  Seja autoconfiante. Saiba o que você quer inclusive saber dizer NÃO quando é necessário. Uma mulher que se valoriza não se vende por migalhas ou aceita uma situação humilhante. Você não tem preço!

Perdoe.  Desperte sua Afrodite curando seu coração. Não guarde mágoa ou rancor, esses sentimentos só te fazem envelhecer!

Reclame menos da vida. Procure ver por outro ângulo uma situação negativa que tenha acontecido. Sempre podemos tirar alguma experiência positiva disso. Se algo a incomoda, mude!

Elogie-se e aceite um elogio.  Saiba valorizar seus pontos positivos e diminuir a visão dos negativos. Lembre-se que todas as mulheres são sensuais, independente da estética. Não é o peso, o tipo físico ou a cor do cabelo que tornam uma mulher sensual. Sensualidade está associada à atitude.

Tenha fé.

Não faça o que não lhe agrada. Evite pessoas, situações e coisas que façam mal a você. Sua vida tem que ser um círculo virtuoso e não vicioso.

Não de valor demasiado a opinião alheia. Não se preocupe tanto com o padrão de beleza que a sociedade nos impõe, mas sim, com a maciez da sua pele, o brilho do seu cabelo, o sorriso em seu rosto e em sua autoconfiança, isso tudo vale muito mais!


Dance! Dançar, mesmo que seja sozinha trancada no quarto faz bem para nosso corpo e nossa alma e trabalha naturalmente nossa sensualidade. Faça como as odaliscas que dançavam pra elas mesmas homenageando o próprio ventre. Você é única!

Beijo bom!

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Apps de Paquera






Foi-se o tempo em que a paquera acontecia numa troca de olhares num bar, onde o homem tinha que se desdobrar na conversa para conseguir o telefone da garota, e que receber uma carta do paquera que mora na capital era um momento mágico.

Nos dias de hoje paqueramos virtualmente. Adicionamos pessoas as redes sociais sem nunca as termos visto pessoalmente, sem saber como é sua voz, nem seu cheiro. Muitas vezes sem saber se elas realmente são quem dizem ser. Além das redes sociais que mudaram a forma das pessoas se relacionarem, agora temos os aplicativos de paquera para smartphones, que estão revolucionando os relacionamentos ainda mais!

Existem vários aplicativos que funcionam como um cupido virtual, dentre eles o Tinder, que virou uma febre entre os solteiros. São milhões de brasileiros conectados. Pra quem nunca ouviu falar (difícil, mas acontece), o Tinder apresenta uma série de fotos de pretendentes geograficamente próximos a você. Se gostou de alguém, clica no coração. Se a pessoa também gostou de você, dá um “match” (vocês combinaram) e abre uma janela de bate-papo. Se a conversa render, geralmente migram para o Facebook ou WhatsApp.

Você acha que isso algo positivo ou negativo? Até que ponto é saudável nos relacionarmos virtualmente? É possível achar um relacionamento num aplicativo desses? Talvez você pense que não devemos procurar um relacionamento sério numa balada, mas quem disse que não pode acontecer? Assim como muitos vão a uma balada para se divertir e para encontros casuais, e podem acabar se envolvendo seriamente com alguém, o mesmo pode acontecer num aplicativo de paquera. São apenas ferramentas diferentes para o mesmo uso.

Os tempos mudaram, e definitivamente precisamos acompanhar essas mudanças. Hoje é natural todo mundo ter um micro-ondas na cozinha. Até poucas décadas ninguém imaginava isso. Todo mundo estava acostumado com o fogão à gás, que substituiu o fogão à lenha. Mas a tecnologia é bem-vinda, e aos poucos todos se acostumaram com a comodidade do micro-ondas. Ele tem sua função, e o fogão à gás também tem a dele. Não perdeu seu papel. Um não precisa necessariamente substituir o outro, mas ser usado conforme nossa comodidade. E deve ser assim também nos relacionamentos.

Esses aplicativos são muito úteis. Afinal é muito mais fácil mandar uma mensagem anônima do que começar uma conversa com um estranho num bar. Inclusive se não gostou da pessoa, basta sair do aplicativo. Além do mais, trocar ideias, saber mais um do outro, faz com que você fique muito mais confiante para falarem cara a cara mais adiante. Coisa que talvez não acontecesse nunca se não houvesse essa ferramenta. Não raro encontros casuais viram relacionamentos sérios e até casamentos.

Síndrome de Tinderela

Tudo é positivo até o ponto em que deixamos de investir em relacionamentos off-line para ficarmos no mundo fantasioso online, onde não precisamos das habilidades para nos aproximarmos das pessoas na vida real.

Estamos cada vez mais dependentes da comunicação online, mas não podemos substituir a off-line. É cada vez mais comum pessoas que parecem poderosas no mundo virtual e são uns cagões na vida real. Não sabem mais conversar, só sabem teclar.

Expectativa e frustração

 Saiba sempre o que procura, tanto no mundo virtual quanto no real. Não crie expectativas. Use a balada e os aplicativos para conhecer pessoas, fazer amizades, namorar e se divertir. Assim como cara a cara existem pessoas apenas querendo sexo casual, o mesmo acontece nas redes sociais.

Não rotule e não seja preconceituoso com quem usa o Tinder ou qualquer outra ferramenta para conhecer pessoas. No final, não é um aplicativo ou uma balada que define uma pessoa, mas como ela se comporta.



Beijo bom!

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vamos dar um tempo?



Se você nunca passou por isso, com certeza conhece alguém próximo a você que já viveu essa situação. Não é fácil pra ninguém, nem para quem pede o tempo, e muito menos para quem tem que aceitar.

É óbvio que pedir um tempo não é uma atitude de um casal que está bem, pra chegar a esse ponto é porque a relação já não funciona mais. Um dos dois tenta alguma coisa. Mas dar um tempo no relacionamento realmente funciona? Em alguns casos sim, mas na maioria das vezes não.

Por que algumas vezes funciona dar um tempo?

Funciona quando realmente esse tempo é para pensar a relação, refletir, ver se sente saudade, se consegue ver os pontos positivos do parceiro e voltar a valoriza-lo, e, consequentemente, voltar a ficar juntos. E caso não sinta nada disso, dar um ponto final a relação.

Funciona quando é feito um acordo, e que os dois respeitem os termos desse acordo. Estipulem o tempo específico e não muito longo, que pretendem ficar afastados. A questão da fidelidade também deve ser considerada. Afinal, a distância é para avaliar seus sentimentos e a relação, e não para testar outras experiências. Quando não há acordos, prazo e respeito, a pessoa fica desnorteada e perdida.

Por que geralmente não funciona?

Quando o tempo é por conveniência. Muitos não sabem como dar um ponto final a relação, e acham que pedir um tempo é como tratar com doses homeopáticas o parceiro antes da separação definitiva. Acham que machuca menos. Não só machuca mascarar o fim de relacionamento pedindo um tempo, como também é uma falta de respeito. Seja sincero e claro no que deseja. Melhor a honestidade dura do que a mentira suave.

Quando um não respeita o tempo do outro. Mandar torpedos, ligar e monitorar as redes sócias do parceiro sem pausa, é paranoia e um grande erro. Por outro lado, ficar postando fotos de baladas e de momentos de extrema felicidade é infantil e pode ser fatal para o futuro da relação. Até porque “tempo” significa não só respeito e distância, mas não manter contato virtual também. Preservem-se.

Quando o que pede tempo dá esperança para o outro. A pessoa absorve melhor e mais rápido um ponto final, do que ficar na expectativa se vai ou não ter volta. Assuma o risco de perder a pessoa do que deixa-la em stand by. Isso é muito doloroso.

Quando um relacionamento é novo, o tempo pode até funcionar. Mas num relacionamento de anos, mais maduro, com filhos, o ideal é tentarem superar isso juntos do que se afastarem. Uma terapia de casais pode ajudar.

Quando opta por um tempo, você corre o risco de perder o interesse sexual por seu parceiro e ele por você. É um risco muito grande, pois estão dando margem para novas oportunidades que podem modificar drasticamente o rumo da vida a dois.

Ninguém é obrigado a ficar com ninguém por pena. Assim como o parceiro tem o direito de não aceitar bem a ideia de dar um tempo. Mas a sinceridade e o respeito devem prevalecer independente de qualquer coisa. Menos dor para você e para o outro também.


Beijo bom!