quinta-feira, 24 de abril de 2014

CIRURGIA BARIÁTRICA, UMA ENGORDADA NA SUA AUTOESTIMA!


Durante mais de 18 anos de trabalho, nunca tive dúvida do poder de sedução das gordinhas. Inclusive posso afirmar com convicção que elas arrasam em todas as situações. Mas claro que a obesidade não é saudável, e mesmo que a pessoa seja bem resolvida, muitos fatores no seu comportamento podem ser influenciados por ela.
Depois de receber algumas sugestões sobre o que escrever, algumas mulheres citaram esse tema, a cirurgia bariátrica e a autoestima. Foram alunas e amigas que já passaram por esse procedimento, por isso achei importante falar um pouco sobre ele, até porque muitas pessoas tem medo ou receio dos resultados.
Vale lembrar que no Brasil 30% da população está com sobrepeso, e apenas 11% são homens. A cirurgia é indicada para quem tem Índice de Massa Corporal (IMC) acima de 35. Acima de 40 o procedimento é obrigatório. Porém, outro fator que tem influenciado além do IMC é a procura por mais qualidade de vida.
Abaixo resumo retirado da Revista de Psicologia Encontro:
“Este estudo teve como objetivo investigar os resultados obtidos por pacientes submetidos à cirurgia bariátrica (gastroplastia) no que diz respeito a sua imagem corporal e as possíveis mudanças psicológicas e comportamentais. Participaram da pesquisa 24 pessoas, de ambos os sexos, foi utilizado um questionário para coleta de informações. Os resultados mostraram uma melhora na questão profissional em relação à disposição e autoconfiança; a autoestima melhorou a autoimagem e favoreceu a qualidade de vida e melhora nos relacionamentos; no âmbito social a maioria declarou melhora, notadamente nos relacionamentos com outras pessoas, sentiram-se mais incluídos e, consequentemente, melhoraram a sua comunicação; com relação à sexualidade a maior fração dos entrevistados relatou melhora refletindo uma melhor qualidade de vida, propiciou uma melhor disposição física, aumento da libido, houve uma diminuição da vergonha do próprio corpo e melhora nos relacionamentos afetivos. Pode-se concluir que o eixo obesidade – cirurgia – comportamento – psicologia e suas nuances, trouxeram mudanças importantes na vida dos indivíduos que se submeteram a cirurgia bariátrica (gastroplastia). Os aspectos sociais, profissionais, sexuais e autoestima tinham uma relação importante: apresentaram-se como processos interligados mudando o repertório comportamental e melhorando significativamente o bem estar psíquico dos indivíduos. Em decorrência do emagrecimento e das torrentes mudanças na vida destas pessoas, acabavam por revelar um ‘eu’ mais verdadeiro que se enquadra ou deixa de ser refém dos ditames sociais, culturais e de dependência emocional e/ou psicológica, propiciando uma melhor qualidade de vida.”
Recebi depoimentos de mulheres que chegaram a pesar 100, 110 kg ou mais. E todas elas foram unanimes em dizer que se sentiam atraentes e gostosas antes, mas com algumas limitações. Tipo, se antes já era bom, agora ficou 100% melhor!
Duas grandes amigas minhas, que conheci muito tempo antes da redução são o exemplo vivo disso. Depoimento da Patrícia Battirola (fotos antes, depois e na gravidez depois de 4 anos), que fez a redução há 10 anos: “Olha Rita, eu sempre tive uma autoestima extremamente boa, logicamente que quando estava ali na linha da obesidade eu não estava muito legal comigo mesma, mas sempre me achei uma mulher linda, sensual, inteligente e tudo de bom… Após a redução e o novo corpo adquirido eu me amava tanto que nem cabia em mim! E a autoestima melhora muito sim, e consequentemente tudo melhora, sua vida pessoal e profissional. Minha vida deu um giro de 180 gruas para melhor em todos os aspectos, mas um giro para melhor. Se tivesse que aconselhar a alguém a fazer diria: “faça sem medo, faça”.
Detalhe, ela nunca foi obesa. Porém, lutou durante 30 anos contra a obesidade usando tudo que podia e não podia de remédios controlados para não engordar, ocasionando o surgimento de sérios problemas de saúde por conta disso. Seu pai, tio e prima já tinham passado pela mesma cirurgia, ou seja, a obesidade vinha de berço! Depois de uma avaliação médica eles chegaram à conclusão que ela não precisava ficar obesa para passar pelo procedimento. Ela chegou aos 98 kg sem dietas malucas até chegar o dia da cirurgia.
Assim como ela, outras passaram por uma história parecida. Não tenho como contar todas aqui, mas acho que vale a pena pensar sobre o assunto, caso você se encaixe nesse relato. Até porque todas elas passaram a se alimentar melhor (milagres não acontecem, você precisa de uma dieta balanceada, e com o procedimento fica muito mais fácil), praticar atividade física com prazer ( o que antes era doloroso e muitas vezes impossível), além de melhorarem e muito o desempenho profissional. Acho desnecessário comentar, mas a vida sexual ficou mais prazerosa e menos limitada, melhorando os relacionamentos afetivos, conforme o depoimento de algumas.
Beijo bom!
(as fotos são do antes, depois, e inclusive a gravidez depois de 4 anos do procedimento de uma grande amiga, a sempre linda Patricia Battirola)

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