sábado, 4 de junho de 2016

Feminismo

 


Evolução, religião ou ódio?


Como trabalho a autoestima das mulheres há duas décadas, e já ajudei milhares pelo Brasil, acredito que tenho certa bagagem para falar sobre este assunto tão polêmico. Infelizmente, nesses anos todos, algumas pessoas já confundiram meu trabalho com vulgaridade e que humilha a mulher, colocando-a num papel de submissa e até mesmo uma “escrava dos desejos” de seu parceiro, porque uma das coisas que ensino é o strip-tease. Óbvio que quem fez esses comentários foram mulheres que nunca assistiram uma palestra ou uma aula minha, uma vez que as técnicas que ensino não são para conquistar homens, mas sim técnicas para serem aplicadas para um homem que já as conquistou, o que é muito diferente. Ou seja, um homem que a respeita como mulher, e que não a vê como um objeto, mas sim como sua parceira. Luto para que ela perceba o seu valor, resgate sua autoestima e seja feliz com ela mesma, independente de estar ou não com um homem ao seu lado. Luto para que ela busque o seu prazer através do autoconhecimento, sabendo do que seu corpo é capaz.

Empoderar uma mulher vai muito além de conquistar e equiparar um cargo, uma posição ou o respeito de um homem. Empoderar uma mulher é além disso tudo, me valorizar e respeitar, e não apenas esperar isso do outro ou da sociedade. E isso requer além de sabedoria, discernimento e muita responsabilidade. Não é o que vejo em muitos movimentos feministas atuais, infelizmente. Hoje vou citar apenas um exemplo:

Eu não mereço ser estuprada

Claro que não! Nenhuma mulher merece, e nem pede isso através da roupa que usa. Mas lembra do discernimento e responsabilidade que acabei de citar sobre o empoderamento? Então, veja se consegue entender meu raciocínio.

Podemos usar o que quisermos. Se quero usar minissaia, fio dental, transparência, eu uso. Não mereço e não pedi pra ser estuprada por me vestir assim. Todo homem com discernimento, com um mínimo de educação, irá respeitar isso. Mas, tem aquele 1% vagabundo... Sim, você já se deu conta que existem psicopatas e sociopatas por aí? Não precisa ir tão longe, um simples marginal já serve. Infelizmente, por mais que tenhamos o direito de usar aquilo que nos convém, é muita ingenuidade achar que todos irão nos respeitar.

Lutar por isso é uma coisa, se expor inconsequentemente, é outra bem diferente. Eu diria até que é burrice. Lute pela sua liberdade, mas seja sábia. Precisamos de proteção e do mínimo de cuidado nos tempos atuais. Se você não tem porte de arma, não tem curso de auto-defesa, e acha que todos na rua devem te tratar como te tratam dentro da tua casa, independentemente de onde esteja e o que estiver vestindo, reveja seus conceitos feministas. O mundo não funciona assim, e não é gritando ou usando um avatar no facebook que irá te proteger de um estupro.

Ninguém merece ser roubado. Mas nem por isso uma pessoa irá entrar sozinha num local cheio de marginais vestindo roupas de grife, usando um Rolex, com um Iphone 6 na mão, sabendo que não tem policiamento ou segurança. Só se ela for trouxa.

Ninguém merece morrer num acidente de carro por imprudência dos outros. Ninguém pede isso, ainda mais se está sendo prudente na direção. Imagina você dirigindo um carro pequeno numa reta, e avista um caminhão ultrapassando na mão contrária a sua, vindo em sua direção. O motorista do caminhão está errado ultrapassando naquele ponto, e você está certo e na velocidade permitida. Porém, ele não sai da contra mão e continua vindo na sua direção. Você vai insistir e ficar ali, não vai diminuir a velocidade e dar passagem, porque está certo e precisa ser respeitado? Só se você for um sem noção!

Entende agora quando eu falo de discernimento e responsabilidade?
Enquanto não existir o cumprimento da lei, e muito menos bom senso e respeito por parte de alguns poucos homens ( aquele 1% vagabundo), eu preciso me proteger e não correr riscos desnecessários. É muita ilusão, achar que posso andar como eu quiser onde eu quiser, e que nada vai me acontecer porque eu não mereço e não pedi.

Seja uma feminista consciente, e não uma feminista imatura que usa o movimento como uma religião apenas. Pois alguns movimentos são apenas como aquele carro indo de encontro ao caminhão. Não faça parte destes.


Beijo bom.

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